quarta-feira, 16 de abril de 2008

Quando se trata dos textos que mudam as coisas

Dani, tu sabe que eu ultimamente fico longe de poesia. Criei até um certo preconceito, sei lá.
Daí, li o texto que você me mandou do João Salles esses dias, onde ele fala da inutilidade da arte, do cinema e tal.
Ontem à noite, sonhei com o começo de um poema que eu fiz há muito tempo atrás. Eu falavado poema pra ti no sonho, e também dessa inutilidade da arte e tal. Fiquei com as três primeiras frases na cabeça quando acordei....depois cheguei aqui e segui escrevendo o restante...Dessa inutilidade toda ficou o poema...
que reparto com o frio, com um pouco de sono e contigo...

Meio sono para um Poema

Por outro João, o João Fernando Lucas


Posso falar sobre um poema
Que não rima, nem tem graça
Não classifica, nem é classificado

É só mais um poema daqueles
Cheio de verdades óbvias
Sem misticismo, nem emoção

Um poema qualquer, assim
Colhido ao acaso
Nem rico, nem miserável

Talvez vivo, um pouco dormindo
Assim como um poema
Que soa ameno e timidamente
Desimportante


O texto referido de João Moreira Salles está publicado na Revista Bravo.
Vale a pena ler!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Quando se trata de um pseudo Jornalismo

Depois do menino que foi barbaramente morto em um assalto por ter ficado preso ao sinto de segurança do lado de fora do carro em movimento, agora o Brasil tem outro mártir infantil. Nem é necessário falar o nome de Isabella Nardoni para que qualquer um que ler este post saiba que se trata dela. No entanto, alguém lembra qual era o nome do menino que, infelizmente, ganhou tanto espaço na mídia quanto Isabella?
Lamentavelmente os meios de comunicação brasileiros têm vivido disso. Embora a saturação da notícia fira os ouvidos, todo mundo presta por mais uma vez atenção no caso. Fora isso, foram várias as condenações antecipadas sobre os culpados, anti-éticas de acordo com o Código de Ética do Jornalismo.
Sem falar na falta de respeito com a família, o caso ainda falta com respeito ao bom Jornalismo e com o telespectador. Na semana passada estava assistindo o Jornal estadual da sucursal da Rede Record, quando o comentarista Paulo Alceu fez uma crítica em relação à postura dos jornalistas no caso. Embora não concorde com grande parte do que ele fala sobre outros assuntos, naquele dia ele falou algo coerente, no mesmo sentido do abordado acima.
Infelizmente, após o comentário a manchete para as notícias nacionais da mesma emissora falava de forma sensacionalista sobre o caso. Duas posturas diferentes lado a lado separadas por alguns frames, que Jornalismo é esse? E esse, é apenas uma das abordagens feita pelas emissoras e demais meios. Mas espera aí, que TV e que Jornalismo queremos?
É certo que as mortes das duas crianças chocaram a todo país, mas será que alguém se preocupa com as crianças que estão morrendo todos os dias com a dengue no Rio de Janeiro? Ou quem sabe com as que são vítimas de balas perdidas no mesmo estado devido à guerra do tráfico. O que falar das baixas no Afganistão? Seriam essas perdas menos dolorosas ou o dinheiro, além de uma vida melhor, também compra dores piores e um Jornalismo mesquinho?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Quando se trata de Jorges, Antônios e Marias “cansados”

Era uma vez uma cidade sem cinema. Sim, sem sala, sem produção e sem interesse. A parte da produção e do interesse era o que Jorge, Antônio e Maria pensavam, mas só eles e, por este motivo, fechavam os olhos para tudo. Até que certo dia, outros Jorges, outros Antônios e outras Marias, que tinham os mesmos nomes, mas eram pessoas diferentes, cansaram-se de não ter sala e verem tanto a produção quanto o interesse ignorados.

Então, os Jorges, Antônios e Marias “cansados” convidaram mais Jorges, Antônios e Marias que, vejam só, também estavam cansados, mas tinham tanto ou mais interesse em cinema e acreditavam que ele era possível na cidadezinha. Todos juntos eram um grande grupo de Jorges, Antônios e Marias “cansados”.

Principalmente por estes motivos de Jorges, Antônios e Marias resolveram fazer alguma coisa para descansarem um pouco. Descansar só seria possível se tivessem salas de cinema e se tanto à produção quanto o interesse por cinema e vídeo fossem reconhecidos pelos demais Jorges, Antônios e Marias que fechavam os olhos para tudo isso.

A saída encontrada foi realizar reuniões que vão dar origem a uma associação de gente que está cansada. A terceira reunião de “cansados” foi marcada na noite de terça-feira, primeiro de abril de 2008. Embora a data seja sugestiva, nenhum Jorge, Antônio ou Maria presentes eram uma mentira. Por isso, você está convidado a ser mais um Jorge, um Antônio ou uma Maria e participar da reunião dos “cansados” em fase de luta para o descanso:

Dia: 14 de abril
Horário: 19h
Local: Sindicato dos Bancários da cidade sem sala de cinema, mas com produção e interesse em cinema e vídeo


Acesse o blog dos Jorges, Antônios e Marias “cansados”

segunda-feira, 10 de março de 2008

Quando se trata da Argentina ontem e hoje

Argentina

A prata nunca foi abundante no território argentino, mas em 1526, quando Sebastião Caboto passou pelo estuário formado pela foz do rio Uruguai o chamou de "Rio de la Plata", enganado pelo metal precioso que encontrou nas mãos de alguns indígenas, sem saber que eles o haviam tomado dos marinheiros da expedição portuguesa dirigida por Aleixo Garcia.

Embora o equívoco tenha se esclarecido pouco depois, o nome manteve-se e logo o gentílico "rioplatense" aplicou-se em espanhol para designar os habitantes de ambas as margens do Prata, que os índios chamavam "Paraná-Guazú" ('rio grande como um mar').

Prata em latim é "argentum", nome substantivo ao qual corresponde o adjetivo "argentinus". O nome Argentina foi usado pela primeira vez pelo poeta Miguel Del Barco Centenera (1535-1605) em seu poema histórico "Argentina y la conquista Del Río de la Plata", publicado em 1602, sessenta e seis anos depois da fundação do "Puerto de Nuestra Señora Santa Maria del Buen Aire", hoje Buenos Aires. O substantivo Argentina foi utilizado amplamente a partir do século XVIII para designar toda a região rio-platense, abarcando os atuais territórios do Uruguai, Paraguai e parte do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Em http://pt.wikipedia.org/wiki/Argentina

Bob Dylan en Argentina

El mítico cantautor estadounidense presentará su último disco "Modern Times" el 15 de marzo en el estadio de Velez Sarsfield.

También está confirmada una presentación el día 13 de Marzo en la provincia de Córdoba ( http://www.bsasinsomnio.com.ar/postp121016.html ) y otra en Rosario ( http://www.bsasinsomnio.com.ar/postp121326.html )

Será la tercera ocasión que el público local pueda ver en vivo a Bob. La primera vez fue en 1991, en una serie de tres shows en Obras Sanitarias y la segunda en 1998, cuando actuó de telonero de los Rolling Stones.

Em http://www.bsasinsomnio.com.ar/postp120434.html

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Quando se trata de papéis em branco

São 5h da tarde.
Horário mundial do desespero do papel em branco.
Juro, não tem nada pior!
Os meus dias não existem sem palavras, que às vezes saem automaticamente e escrevem qualquer coisa que alguém precisa ouvir. Elas dizem que o tempo está bom, que fulano não está bem ou que temos a melhor promoção. Era o que eu deveria fazer agora e não consigo.
Deveria dizer simplesmente que é simples viver...
Afora o trocadilho, ao invés disso escrevo uma infinidade de coisas sem sentido, falo sobre a folha em branco na qual deveria ter escrito sobre a vida. E agora?
Mudar a cor da fonte quem sabe?
Que cor sem graça, verde quem sabe?
Não adianta! Vou riscar um outro papel...
Perda de tempo? Ou estou encontrando palavras no tempo?
Um pequeno diário no lugar de trabalho.

Em dias como hoje consigo entender porque João Moreira Salles demorou tanto tempo para montar Santiago. Existem um tmepo que simplesmente não rola.

Nem pra falar sobre nada as palavras tem sentido.
Tá na hora de ler alguém que venceu o papel em branco.

Asta luego

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Quando se trata do tempo


17:50



17:51



17:53



18:00



18:05



18:23



Quanto tempo da vida a gente perde fazendo
pelos e para os outros o que não gosta?